... Fim de programa de bibliotecas itinerantes faz leitura despencar em São Paulo
Em operação desde 1936, o programa das bibliotecas nos ônibus, idealizado por Mário de Andrade, foi sendo deixado para trás, até desaparecer por completo no início de 2016, sob a gestão João Dória/Bruno Covas; a suspensão do programa fez a leitura despencar na cidade de São Paulo: O volume de consultas em bibliotecas públicas foi reduzido à metade.
8 de julho de 2018 às 10:53 // Inscreva-se na TV 247 Youtube
247 – Em operação desde 1936, o programa das bibliotecas nos ônibus, idealizado por Mário de Andrade, foi sendo deixado para trás, até desaparecer por completo no início de 2016, sob a gestão João Dória/Bruno Covas. A suspensão do programa fez a leitura despencar na cidade de São Paulo: o volume de consultas em bibliotecas públicas foi reduzido à metade.
“Em 1936, seu último ano como diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, o escritor Mário de Andrade questionou: em vez de esperar que o público fosse às bibliotecas, por que elas não vão ao público? Ele então procurou a montadora Ford, colocou livros dentro de um ônibus e os levou para regiões periféricas da capital paulista, onde o transporte é precário e o acesso a bibliotecas é escasso.
Aos trancos e barrancos, o programa municipal de ônibus-bibliotecas sobreviveu por oito décadas de maneira intermitente até o fim de 2015 e está parado desde então. A suspensão do projeto fez despencar os números de acesso a livros na cidade. Em 2015, cerca de 627.637 consultas a livros foram feitas em ônibus-bibliotecas, quase a metade do número total (1.519.780). Comparativamente, 648.518 consultas foram feitas nas 52 bibliotecas na cidade naquele ano (atualmente são 54). No ano passado, o primeiro período inteiro sem ônibus, o total de consultas a livros na cidade caiu para 843.579."
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