Paradoxo Crucial
Eu mesmo não sei explicar,
Eu, que não acredito em paixões, só razão
A aquelas sempre dominar,
Vivo extremos de uma intensa paixão
Que, quando parece extinta,
Ressurge das cinzas, qual Fênix dourada
Mais e mais a se fazer distinta
De tudo o que é esse de-vir o nada
Nu sentimento que nunca se acaba,
Deixando ainda tanto magoada
A "alma", o íntimo que se divide
Em ser e ter a certeza que não se olvide
Ou nasce a vide do que menos se a-credite...