Como sugere o título do filme clássico Matadores de Velhinhas, os bancos voltam a demonstrar pouco apreço por aposentados e pensionistas do INSS que dependem do crédito consignado para ter uma vida mais digna. A novidade agora é que as instituições financeiras estão pressionando o governo e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a reavaliar – para cima, evidentemente – o teto de juros para essa modalidade de empréstimo.
Desde março de 2023, o Ministério da Previdência tem promovido diminuições nessas taxas, que passaram de 2,14% para 1,66% ao mês, chegando a um total de 21,84% ao ano. A medida visa aliviar o peso das dívidas sobre os beneficiários, muitas vezes alvos fáceis de valores abusivos.
Os bancos afirmam que a redução dificultou a concessão de novos empréstimos, pois teria havido aumento dos custos de captação de recursos, e ameaçam travar o crédito. Contudo, Lupi declara que na realidade o número de operações cresceu 38%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Desse modo, a gritaria das instituições não seria justificada.
“A política de não ter aumento da taxa de juros e, se possível, até diminuição, é uma política governamental para favorecer quem mais precisa, no seu momento mais difícil, que são os aposentados e os pensionistas”, explicou o ministro. Segundo ele, o objetivo do governo é transferir a queda da Selic para os beneficiários do INSS, garantindo que tenham uma vida financeira mais equilibrada.
FONTE: "Site" do PT (Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras)