LÓGICA
Abrão Lincoln vencia controvérsias só pela força da lógica. Certa vez, não conseguindo convencer um teimoso adversário, cujos pontos de vista soavam-lhe falsos, perguntou-lhe:
- Bem, vamos ver: quantas pernas tem uma vaca?
- Quatro, sem dúvida! - foi a pronta resposta.
- Muito bem. Agora, consideremos o rabo da vaca, também, uma perna: quantas pernas teria a vaca?
- Ora! Cinco, naturalmente!
- Aí é que você se engana, - disse Lincoln. - O fato de considerarmos o rabo uma perna, não quer dizer que ele seja mesmo uma perna.
AS COMPINHOLAS
Robert Louis Stevenson, famoso escritor, estava em um restaurante de São Francisco, e comentava com um amigo a peculiaridade que notara nos garções do lugar, que sob nenhuma forma admitiriam não terem o prato que o freguês pedisse.
- Eles tomarão nota do pedido - explicou Stevenson - irão à cozinha como se pudessem satisfazê-lo e voltarão, por fim, dizendo que acabou naquele instante.
Para provar o que afirmava, o escritor chamou o garção e pediu:
- Dois serviços completos de compinholas fritas.
- Pois não, senhor - respondeu o garção, enquanto que os dois amigos dificilmente continham o riso, por saberem que compinhola havia sido um nome inventado pelo escritor.
- Desejam os senhores, bem ou mal passadas? - prosseguiu o garção.
- Bem passadas - frisou o autor da Ilha do Tesouro.
Afastou-se o outro, mas bem depressa retornou, explicando.
- Lamento, senhor, mas terminou neste instante a nossa reserva de compinhola.
- O quê!? - explodiu, atônito, Stevenson - Acabou-se a compinhola?
- Bem, nós ainda temos algumas - cochichou o garção - mas a verdade é que eu não as serviria aos senhores, a não ser que estivessem perfeitamente frescas; mas não estão.
PSICOLOGIA PROFISSIONAL
Donald, alfaiate que serve ao conde de Wilson e a muitos outros membros da aristocracia britânica, foi procurado por um freguês que lhe reclamava a conta, indagando-lhe por que não a enviara junto com os ternos.
Donald explicou:
- Nunca reclamo dinheiro a um gentleman.
- De acordo, - observa o cliente - mas o senhor perderá o dinheiro se ele não lhe pagar.
- Não, milord, - concluiu o alfaiate - porque, após certo tempo de espera, concluo que não estou tratando com um gentleman. Então, reclamo o pagamento.