Muita chuva ainda agora, à noite/madrugada, em Teresina, Piauí. Tive a casa invadida pelas águas das chuvas torrenciais hoje (ontem), especificamente meu dormitório, com muitos livros meus (de minha própria autoria e das centenas que tenho acumulado de outras poetisas/outros poetas, escritoras e escritores do Brasil e do mundo inteiro).
Ateu, vou ter que rezar pedindo pra parar de chover tanto assim.
Várias caixas com livros estão no chão, salvaram-se de serem molhadas/os porque quando a lâmina de água atravessou a parede, eu, com muito esforço (e doente das pernas e pés, por Linfedema), as coloquei no corredor entre os dormitórios mas está tudo uma grande bagunça, apesar da, agora, calma da madrugada.
Pela manhã, irei ver o que houve com a galeria de escoamento de águas pluviais, que há neste quarteirão. Suspeito que os frequentadores de comércios de "fast-food" e vizinhos continuam jogando lixo no esgoto público. Falta de educação da classe méRdia, ganância econômica e má administração da Prefeitura de Teresina (nas mãos de um partido de direita) dão nisso: incômodo e prejuízos (de saúde e de bens materiais) para quem não concorda com esse "modus vivendi" nem com o sistema hegemônico que assola este País, e não estou falando do governo Lula, progressista.
Alguns livros nas caixas chegaram a molhar ou estão úmidos. E os milhares de pequenos papéis com poemas ou esboços de poemas acumulados desde a minha juventude (adolescência) também podem ter sido comprometidos, não se salvando nem mesmo a minha poesia (e/ou Poesia). Vou ainda verificar o impacto das perdas desta noite excessivamente chuvosa.
A água da chuva passa para meu dormitório pela parede, que não possui impermeabilizante, devido à nossa atual situação econômica e financeira, desde a construção da casa, há mais de 30 anos, porque a casa é grande demais e fica muito oneroso impermeabilizar toda ela. Já deveríamos ter feito isso ao menos nesta parte do meu dormitório mas minha irmã, administradora da Família e da casa, não tem tempo.