Um texto sobre o processo Ensino-Aprendizagem mostrando a aprendizagem humana, nas partes social, econômica, política e especialmente na pedagógica com suas relações professor, aluno, escola, currículo, e suas implicações individuais e sociais.
O processo de aprendizagem tem características próprias, envolvendo vários fatores, conforme o âmbito de seu acontecimento (psicomotor, afetivo ou cognitivo), incluindo as disposições do contexto e chegando às peculiaridades individuais do elemento humano.
As contradições, carências e dependência da realidade sócio-cultural influem diretamente no processo de aprendizagem, refletindo-se na problemática educacional variados aspectos sociais que importam a contingência individual do controle comunitário.
A estruturação da aprendizagem também comporta a multiplicidade de princípios e consequências imediatos às relações econômicas e implica igualmente na importância das variáveis do processamento político em que se insere a atividade educacional.
O processo psicológico da aprendizagem abrange vários enfoques teóricos, determinando significativas diferenças no seu modo de concepção e encaminhamento por envolver a multiplicidade dos objetos de aprendizagem, a unicidade dos sujeitos do ato de aprender e as inúmeras formas de fazê-lo.
Enquanto processos distintos, porém interdependentes e dinâmicos, ensino e aprendizagem exigem o aprofundamento da relação professor-aluno diante da amplitude e abrangência dos fenômenos específicos e pertinentes à natureza de sua interação conjuntural.
A escola, como instituição fiadora do domínio do conhecimento e desenvolvimento de capacidades, habilidades e atitudes, reserva em si as possibilidades de transformação da realidade de acordo com o próprio aperfeiçoamento do(s) seu(s) projeto(s) de educação, evidenciando a visão das relações e interligações dos diferentes processos para integrar a dinâmica da participação comunitária na organização da realidade.
Os mecanismos tradicionais de educação, marcados pela manutenção de sistemas opressores, revestem-se de formas modernas mas continuam a projetar na realidade educacional a negação da autodeterminação individual e comunitária, o enfraquecimento da identidade cultural e da consciência crítica e a desintegração da participação em todos os âmbitos.
O ensino-aprendizagem, como processo mais amplo, nas experiências de condução crítica e reflexiva, conjuga a dinâmica do relacionamento interpessoal com a exploração do mundo.
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Cláudio Carvalho Fernandes é professor no Ensino Médio