para L. e R., obras-primas da beleza
que me ensinaram
Vou indo, ainda, contigo,
sempre entre as mais lindas
flores de amores sem cores
e perdas em rimas desencontradas
nos encantos de rosas nuas
pelos canteiros de entremeios
e saídas pela tangente...
Vou indo contigo, ainda,
ao encontro de uma cantiga
que venha dizer par ou ímpar
à própria dívida do viver
e só ver sob a vivência
o peso todo dos céus,
sem maiores problemas
que não te possuir assim, ao sim, em mim... fim...
Vou, contigo, indo, ainda
repetindo a rima de que és linda
e enchendo o seco, o vazio do cio doce
das palavras amarradas no rio dos olhos ouvintes...
Contigo, vou indo, ainda...
como simples amigo ou o próprio próximo perigo
de ser mais ainda que os ais do teu prazer...
© Cláudio Carvalho Fernandes 2000 - 2023.