massa
a cidade cresce
e a gente
desa
par
ec
e . . .
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soneto polimétrico xix
Eu que vejo o sol brilhar todo dia
Sinto se passarem os momentos no tempo parado
Escorrendo segundos vivos de dor e alegria
No cansaço do sentimento renovado
Se a busca das emoções não alivia
O espaço do instante feliz distanciado
Bem mais fácil e cômodo seria
À alma a ninguém nunca ter amado
Mas quem sabe de nós mesmos
Assim se somos tão inconstantes
O nosso íntimo de amor ao vivermos?
Tão distante se apresenta de tudo o sentido
Que o que se mostra agora seria antes
Um bem futuro desperdiçado no momento vivido...
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Cláudio Carvalho Fernandes, no livreto "Corredores", coletânea de edição independente, Teresina, 2005, páginas 22 e 23.