Cientistas dizem que ler poesia é mais útil para o cérebro do que ler livros de autoajuda.
Os resultados de uma pesquisa realizada na Universidade de Liverpool e antecipados pelo jornal britânico “Daily Telegraph”, mostram que a atividade de um dos lados do cérebro fica intensificada quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, como a encontrada em textos de poesia, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano.
Especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa daquela universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos e, depois, leram essas mesmas passagens traduzidas para uma linguagem coloquial.
Segundo esse estudo, ler autores como Shakespeare, William Wordsworth e T.S. Eliot, estimula a mente e esses efeitos se mantêm durante um tempo, potencializando a atenção do indivíduo. A poesia, portanto, pode ser mais eficaz, em tratamentos, do que a leitura de livros de autoajuda.
Pesquisando uma definição de poesia feita por um dos autores citados, Thomas S. Eliot, encontra-se o seguinte:
“Poetry is not a turning loose of emotion, but an escape from emotion; it is not the expression of personality, but an escape from personality. But, of course, only those who have personality and emotions know what it means to want to escape from these things...”, que, traduzida, pode ser algo como:
“A poesia não é uma perda de controle da emoção, mas uma fuga da emoção; não é a expressão da personalidade, mas uma fuga da personalidade. Mas, é claro, somente aqueles que têm personalidade e emoções sabem o que significa querer escapar dessas coisas...”.