O APELO
Timothy Brian Carr (em "A Vida De Poeta",
tradução (via Esperanto) de Cláudio Carvalho Fernandes)
Sob o nariz da alfândega de gelo mental
um tempo de primavera contrabandeia seus encantos;
nuvens fixas, que fazem propaganda,
ele rasga com um azul-celeste anárquico.
Apesar de uma esquelética moda convencional
ele, multicolorido de burguês, com ousadia procede como janota.
Enquanto sombras de Mamon* tremulamente fazem bando,
a libertina zomba, bêbada lúcida,
para mim dizendo ― "Fora de uma miopia prosaica
além de horizontes de arco-íris flutue;
sobre um carrossel, através de um caleidoscópio,
milagres por meio de poemas alegremente glose;
e goze, bardo, que, se acaso em lucro e perda,
você escreverá, amará e lutará verde"...
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* Mamon = Demônio das riquezas.
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